sexta-feira, 6 de junho de 2025

Corpo todo

 

Descansar? Ainda não...

 No o dia em que a indesejada das gentes chegar,

quando o inevitável tiver que ser encarado., talvez.....

 

Meu  corpo não têm mais o vigor de outrora

Mas ele  ainda pode ser  aconchego para o abraço...

Aqui estão as mãos que  acariciam o rosto, a barba, os cabelos.

Meu  corpo  ainda tem boca

 que não esqueceu  como beijar-

 e como beijar é bom!

 

 Com o tempo o corpo ganha limitações...se ganha...

Mas continua a abrigar a luz que brilha nos nossos olhos,

 e é lá que nossas almas residem.

 

Viver exige o corpo todo

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Nova pena

 

Tudo me traz à pena.

Da rima pobre

Amores e dores

Às grandes cacofonias

Nem por isso o sono vem

E persisto, entre goles e bocejos,

Nesta nova pena

Teclado em agonia

 

Sem haste

Esses óculos capengas

me alteram a visão de mundo

Um tanto mais à esquerda, sem dúvida

mas sempre ao lado do coração.

sábado, 26 de novembro de 2022

 Sabe aquela langerie  vermelha 

Bem pequena

Rendada?

Guardei.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Achado nos perdidos- Mendonça

 



Tenho medo
Porque a minha onça ruge
E traz ecos desconhecidos
Escondidos
Camuflados
Ruge que ruge
E venho eu à tona
Brava
Felina
Menina
A encolher-se
Nos braços do amor.
Ruge, que ruge
E me faz ninar
Nos braços do sonho
Que sempre quis sonhar.
Que onça é essa, Mendonça?
Gatinho a miar
Que já não ruge
Que de tudo na vida
Só quer uma coisa:
amar.

Super Fred

 

 

Estou aqui, pai.

Ouvi o teu chamado

Vindo de longe.

 

Um silvo longo

em dois tempos

vindo do tempo em que

eras vivo e são.

 

Alguém te trouxe

E teu chamado me acordou

Neste dia de setembro

Chuvoso e tenso...


Vim das lembranças de nós dois

Das canções que compartilhamos

Das cervejas com que comemoramos

A vida e o reencontro...

 

Trouxe comigo a tua dança

Desajeitada

Com que celebravas a vida e a alegria...

 

Estou aqui, pai

Trago meu amor e minha saudade

Deste longo tempo que se foi

Desde o último abraço...

 

Ctba, 7 de setembro de 2022

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Tu, somente tu

 

Tu, ave de rapina

Voos rasos em minha vida

Asas que tudo cobrem

visão atravessando o mar.

 

Tu, doce arquejar

Das horas tantas de solidão

Açude de minha sede

Insaciada em pleno mar.

 

Tu, cantador e cantar

Poesia de verde mar

Tu, mais que tudo

Bálsamo no desesperar

 

Tu, ponte, ilha e mar

Acidentes de se viver

Tu, ventos e calmaria

Tu, sonhar e  não morrer.