Vontade de não chegar em casa
de vagar por ruas e luzes apagadas
sem nada buscar, questionar...
Vontade de só ir
sem ter para onde nem por quê
de deixar que a noite passe
e esse meu corpo
cansado de vazios e calores
possa também anoitecer
sem remorsos.
Vontade de chegar a uns braços
os teus, amado meu,
para afogar esta solidão
que devora e deforma
mais uma noite em vão....
Curitiba, 25/10/2006