quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mal acostumada...

Acostumada
estava eu
amar era assim:
quero você agora
quero você pra mim!

Distância não havia
nem frio
nem tempo ruim
o refrão era sempre:
quero você pra mim!

De repente
nem distância
nem tempo ruim
noites vazias, perto
um você longe de mim!

Como acostumar?
Um novo jeito de amar?
uma nova canção?
Ficou mudo
o antigo refrão?

Quero você agora
Quero você pra mim...

O abraço nao pode ter hora
O amor se realiza agora
Quero você em mim...



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

À Machado...




A tua imagem me chega
De olhos
Abertos ou fechados
Não importa.

Tua imagem me foge
Olhos abertos
Mente aberta
Me fecho.

Tu e eu.
Nunca.
Em tempo algum,
Harmonia.

Por que bela se coxa?
Por que coxa se bela?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Revelação

Escuta, eu não quero te falar da minha angústia. Quero que saibas, simplesmente, da imensa ventura de saber-me tua...

Nova canção



Se tu me perguntares
Por que te quero
Não te saberei dizer.

Sei que meu corpo
Precisa do teu
E o busca na cama vazia.

Mas isso não é tudo
Porque embora meu corpo
Não encontre o teu
Continuo a te querer.

Se me perguntares
Por que te quero
Não te saberei dizer

Sei que  a tua companhia
Me faz falta
Sei que estou só
Quando não te tenho por perto

Mas isso não é tudo
Porque mesmo nessa solidão te chamo
E te busco
Em espaços vazios...

Se me perguntares por que te quero
Te poderia dizer:  nao sei !
Mas sei do verde de teus olhos
Que brilham na minha noite solitária

Mas há um tempo
Em que eles não brilham por mim
E mesmo assim
Continuam a iluminar meu caminho.

Se me perguntares por que te quero
Não te saberei responder

Mas sei do infindo de nossa prosa
que vara madrugadas e no lume do fogão
 não sacia...

Mas há  noites de silêncio
sem  te escutar
e ainda assim
não me canso de te lembrar....


De tudo que me faz te chamar
Nada importa
Que não seja esse querer
Que me faz para ti correr .

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ReViver





Preservada no tempo

A paixao se reapresenta

 retoma seu lugar



E afaga meu rosto

E beija minha boca

E me faz companhia



Intacta, feita fantasia

Seus olhos brilham

Sua voz me chega



O corpo se deixa tomar

O coração acelera

E a vida ganha sentido



Essa paixão não vive

Ela revive

Essa mulher que existe em mim

Dois tempos (de uma paixão)





Que estrada trilham vocês?

Onde os está levando

Esta paixão?

O que será de vocês

Tão apaixonados


No dia de amanhã?



Não há um amanhã.

Há o hoje a ser vivido

Há o amor

A ser celebrado

Há uma necessidade enorme

do reencontro




E depois?

Vinda a separação

Como ficarão seus corações?




Não há separação

Haverá apenas uma distância

Facilmente vencida

Pela fantasia, sempre salvadora

Que permite o reencontro

A qualquer hora ou lugar.

Os corações se apaziguarão

Com a certeza de que o outro

Bate no mesmo ritmo.



·############################

Mas as suas vidas

Tão estranhas a esta paixão

Não acabarão por matar

A intensidade deste sentimento,

Não sucumbirá ele, diante

Da solidão?




Não há solidão

Assim como não há

Vidas estranhas a essa paixão

O que há

É um tempo do só

Que se faz dois

Ao voar nas asas da imaginação

 O que há

É um outro mundo

Que se não nos acolhe

Não lhe é permitido

Penetrar neste outro nosso




E então,

Não há argumentos

Contra a paixão?




Não, não há.

O que há é uma enorme paixão

Contra todos os argumentos



Abril de 1987

Te querer é tudo que eu queria



Se na maioria dos dias
o te amar me faz tão bem
Se na maioroa das noites
a imagem que me embala o sono é a tua
Se em todo sono meu
a tua presença é o mais doce sonho

Às vezes, nem tantas assim,
o desespero de te saber tão longe
me toma
a incapacidade de ir ao teu encontro
me petrifica
a secura de minha boca sem a tua
me cala...

Às vezes, os olhos meus
sempre tão sedentos dos teus,
os olhos meus se encharcam da tua saudade
e fazem rolar pela face
gostas deste amor reprimido...

Às vezes, os meus braços vazios dos teus
pendem, pesam, param
no vazio do teu abraço.

Às vezes, meu querido
a consciência da distância
a saudade de teus beijos
o vazio da tua voz
se fazem tão fortes
machucam tanto
que só posso te dizer
que eu te queria mais perto
que eu queria sentir teus lábios
que eu queria, meu querido
poder te querer mais....

Manaus, 28/08/87