sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

De pássaros e dor...



A cotovia me acordou...
Trouxe ao sabiá
Que já sabia da minha dor
O som que me encantou.
Passarinho ... que  dor?

Trouxe também o sonho acordado
Da manhã que se chegava
Da noite mal dormida
Já quase esquecida
Naquele trinar...

Passarinho me acordou...
Quem se atreve a me despertar
Dos sonhos malfadados
Se não for para trazer
Notícias do bem-amado?

Nem bem os raios de sol
Lambiam o meu lençol
E o passarinho cantou
E seu canto triste
Por quê? Me despertou...


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Uma outra em teus braços



Uma outra em teus braços.
Outra boca   sentindo
O doce afago
Do teu beijo.

Lembranças que dançam
Em minha mente
Em meu coração
E desenham estranha figura
De nó.

Que dança não se dança...
Que boca não se beija
Que carinho não se deseja...
Te queria...
As estradas se partiram
Você partiu ,
Eu fiquei.

Minhas mãos pendem vazias
Minha boca se ressente
Da falta dos teus beijos.

Quisera borracha e papel
Lápis, caneta, cinzel
Para começar de novo
Uma outra história

Com personagens de outrora...

Minha boca, tua boca...



(De ASNF para CTM)

Amar-te
 com arte
por tempos mais tempos
por todas as partes .

Partes de ti
 teu corpo esguio gostoso
Tu partes daí
 vens aqui
 vem teu   amor  
Sua boca macia
 teu sorriso

meu paraíso...

Saudade da tua boca
que esmagava a minha
em beijos loucos
nesse amor que nos uniu

saudades dos teus olhos
do teu azul-mar
onde tantas vezes me afoguei
ao te encontrar

saudades do teu amor
sem limites
tantas idas e vindas
para enfim
partir sem volta

Eu, quando musa...




Presente que ganhei e transformei...
(ASNF e CTM)

Esta madrugada e seu manto.
manda na noite, prantos.
o sussuro e o silêncio
embolam pensamentos...

Paredes brancas
portas abertas
coração apertado
lotado de amor
tudo em você....

A tua foto,
todas as histórias
imagens
em PB
ou coloridas....

São histórias
de minha vida...
sem negativos
são testemunhas deste tempo
com você

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Consciência do amor



De que estradas vieste?
Em que mares te afogaste?
Em que fogo te queimaste?

Tentativas vãs de te ser
Caminho, ilha, praia
Em que te descanses

Cansaço de outros braços
Secura de outras bocas
Silêncio de muitos versos

Triste consciência a do amor
Já tantas vezes amado
Já tantas vezes recomeçado.

Sem brilho
Beijos contados

Natimorto amor...

Carpe diem

Vem, mas vem sem fantasia
Vem sem poesia
Mas vem...

Não sei até quando
Não sei por quê
Mas te chamo,
Vem...

Vem para alimentar meu corpo
Vem  para saciar minha sede
Vem, Mesmo que depois eu morra
De fome e sede

Você , esse estranho
Que me arrebata
Que guarda a sete chaves
Os teus segredos

Você, esse homem que desconheço
Que dorme a meu lado
Que me afaga os cabelos
Em cafunés  inesperados


Vem... Não sei até quando
Deixa que eu te sinta
Que te ame
Mesmo ...