sexta-feira, 22 de abril de 2016

Consciência do amor



De que estradas vieste?
Em que mares te afogaste?
Em que fogo te queimaste?

Tentativas vãs de te ser
Caminho, ilha, praia
Em que te descanses

Cansaço de outros braços
Secura de outras bocas
Silêncio de muitos versos

Triste consciência a do amor
Já tantas vezes amado
Já tantas vezes recomeçado.

Sem brilho
Beijos contados

Natimorto amor...

Carpe diem

Vem, mas vem sem fantasia
Vem sem poesia
Mas vem...

Não sei até quando
Não sei por quê
Mas te chamo,
Vem...

Vem para alimentar meu corpo
Vem  para saciar minha sede
Vem, Mesmo que depois eu morra
De fome e sede

Você , esse estranho
Que me arrebata
Que guarda a sete chaves
Os teus segredos

Você, esse homem que desconheço
Que dorme a meu lado
Que me afaga os cabelos
Em cafunés  inesperados


Vem... Não sei até quando
Deixa que eu te sinta
Que te ame
Mesmo ...