terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Epifania
Não me cabem preces na boca
seca que está
de saliva benfazeja
que lubrifica espaços
que abre as portas
para o gozar...
Calaram-se as palavras vãs.
Não se cabem agora.
tempo de ordem, de dizer
tudo que não dizia
tudo que não entendia
e que não posso mais calar .
Encontros
Para Dilson Kruger
Nestes tempos pútridos
de dor, sem justiça, sem amor.
Nesses tempos em que
o doce não substitui o fel
em que a ilusão não apaga
a certeza da dor.
Neste tempo em que se perde pai
quando dói na alma a solidão
daqueles que foram amor
quando a guerra fria da palavra
queima mais que a chama
que penetra a carne e a alma.
Neste tempo de dor
na calma necessária à alma
te recebo em comunhão
pois mais que no corpo, marcas,
em minha pele tua essência
que nos aproxima e faz um.
Vislumbres
Nenhum dos antigos portos
visitados, imaginados, sonhados.
velas queimadas
os gritos calados
o céu avermelhado
como o amor.
Navegar-te assim
vento, arco-íris
sal e dor.
Amanhecer colorido
no dessabor.
Foi perdido?
Nada a declarar.
depois do silêncio
Depois dos afagos todos
das noites , nem sempre serenas
depois o despertar
dos sonhos que queria sonhar.
Sonhos e despertares.
Sonhos a mais sonhares.
sonhos que se fazem vivos
todas as noites
todos os dias
que me contares.
visitados, imaginados, sonhados.
velas queimadas
os gritos calados
o céu avermelhado
como o amor.
Navegar-te assim
vento, arco-íris
sal e dor.
Amanhecer colorido
no dessabor.
Foi perdido?
Nada a declarar.
depois do silêncio
Depois dos afagos todos
das noites , nem sempre serenas
depois o despertar
dos sonhos que queria sonhar.
Sonhos e despertares.
Sonhos a mais sonhares.
sonhos que se fazem vivos
todas as noites
todos os dias
que me contares.
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