quarta-feira, 13 de abril de 2022

Longe e presente

 


 

Céu, araucárias

Água corrente

Sol morno de fim de tarde

E o bailado das nuvens.

 

Cenário para solidão

Que exalo

Como perfume inútil que embriaga só a quem o usa.

 

Pássaros aos longe

E a inveja da locomoção possível

Da possibilidade de voar para uns braços

Apesar da tempestade que se anuncia

 

Céu de araucárias recortado

Sons de água e de pássaros

Sol ameno do crepúsculo

Em azul, branco e plúmbeo.

 

No reflexo teu rosto me sorri

Teus olhos me acenam entre nuvens

E ainda assim é inútil o meu perfume

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