domingo, 4 de novembro de 2007

A mulher tecelã

Me redescubro na cepa das mulheres

que esperam e tecem.



Sensações , palavras

antecipam a felicidade.

Penélope sem Argos

Bem-amado por motores anunciados

neste fiar inesgotável.



Fio as alegrias acetinadas

de eu corpo adivinhado,

Fio a tua barba, em branco e castanho,

Fio teus olhos, neste fio azul

E tua boca, no rosado mel.



Motores e fios te tecem

Através da janela aberta

Por onde a lua prateia

o abrir da porta

e o arremate do tecido.

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