
Caboclo tem fome.
He´s hangry.
Cadê peixe-boi
pra comer com farinha?
Virou cowfish
na Terra Madrinha.
Caboclo tem sede.
Cadê a caninha
pra refrescar a goela?
Virou tabloid sugar
na Venezuela.
E agora, caboclo?
O jeito é speak english
pra sobreviver
pra poder comer
pra poder beber.
Caboclo tem som
Made in Japão.
Caboclo tem TV
com cores que não se vê
na casa de pau
no bucho vazio
no pé na lama
do Rio Negro.
Caboclo tem febre.
Caboclo tem sede.
Caboclo tem fome.
E agora?He hasn't home.
Esse poema nasceu em Manaus, no campus avançado, cercado de mata, esquilos, insetos todos...Nasceu de uma discussão sobre os contrastes de Manaus, que meus olhos cariocas viam...É um dos meus textos prediletos.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário