
Adeus te dou
longe, daqui onde estou.
e vejo São Pedro
te dizendo bonachão,
como à Irene:
-Entra, Leonor
pede licença não...
E entrarás.
serás então a menina
que um dia desposou
meu avô.
Ficará fora
a encarquilhada moldura
que te deforma.
- Entra, Leonor.
Tome assento
ao lado direito
do Criador.
E tu, Nora
sofrida e maltratada,
pela vida já tão antiga
serás então...fada!
Nora-Mãe-Avó-Bisavó
de todos nós,
e de alguns que já se foram...
- Entra, Leonor, tome assento!
Aqui também não estarás só...
Poema escrito para minha avó, Leonor, por ocasião de sua passagem, em setembro de 1984.
A foto é de minha mãe, com seus netos, bisnetos de Nora...alguns ainda nem nascidos quando ela se foi.
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