
Ser ou não ser?
não é hoje mais a questão.
como ser, o que ser
é minha interrogação.
Ser Ana Terra ou ser Amélia
ser Julieta ou ser Medéia
ser fantasia, uma Camélia
ou ser real, um Ser de idéias?
Limpar xixi de noite ou dia
fazer comida, viver na pia
ou deixar livre o pensamento
ser poetiza, testar talento?
Ter filhos muitos, ser parideira
ou criar versos, talvez besteira
ver todo dia televisão
ou ter nos livros nova lição?
Ficar calada, ser paciente
ser "boa esposa", odebiente
ou tentar tudo, até gritar
para a vontade assegurar?
O que ser, como ser, pra que ser
é hoje em dia minha aflição
depois de Shakespeare conhecer
não quero mais a escuridão.
Esse poema foi escrito há mais de vinte anos...Valeu, Shakespeare! Nesse tempo, vivi "Entre a espada e a rosa", como no conto de Marina Colasanti, mas percebi que espada e rosa se completam e me fizeram mulher, a mulher que hoje SOU....
Não dá mais para trocar o título do poema!
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